🚨 Atenção, concurseiros! 🚨 O edital do concurso Censo Estudantil 2025 foi publicado no início de fevereiro, oferecendo mais de 3 mil vagas. No entanto, algumas inconsistências no documento têm gerado dúvidas sobre a veracidade do certame. Confira todos os detalhes e saiba se é seguro participar!
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O concurso Censo Estudantil é golpe?
O edital do concurso Censo Estudantil foi publicado no dia 17 de fevereiro, com uma oferta de 3.180 vagas para cargos de níveis fundamental e médio. O grande quantitativo de vagas chamou muito a atenção dos concurseiros.
No entanto, o documento publicado apresenta diversas irregularidades e falhas incomuns em concursos de grande porte como este.
A primeira dessas falhas é a ausência de um órgão responsável, já que o edital foi assinado pelo Censo Cidades Estudantil Brasil 2025. No entanto, não há qualquer informação oficial ou site sobre esse censo disponíveis na internet.
Além disso, o certame não prevê reserva de vagas para cotas nem oferece a opção de isenção da taxa de inscrição, que varia de R$54,50 a R$68,50. Outro ponto suspeito é que as oportunidades do Concurso Censo Estudantil 2025 estão concentradas em apenas dez estados, algo incomum para um concurso de abrangência nacional.
Outro aspecto que chama atenção é que as vagas oferecidas no concurso são para o cargo de agente recenseador em quatro áreas. No entanto, esse tipo de função geralmente está vinculado ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que levanta ainda mais dúvidas sobre a legitimidade do certame.
Na última semana, o IBGE publicou uma nota informando que não está realizando nenhuma seleção para a contratação de agente recenseador para censo escolar. Confira:
Principais indícios de fraude do concurso Censo Estudantil
Confira quais são os indícios e irregularidades que levantaram a suspeita de fraude do concurso Censo Estudantil 2025:
- Edital não encontrado em diários oficiais
- Até o momento, não há qualquer registro oficial da seleção em órgãos governamentais.
- Ausência de divulgação nos canais oficiais
- Nenhum site oficial vinculado ao Ministério da Educação ou ao IBGE faz menção ao concurso.
- Banca organizadora sem histórico
- A OMNI Concursos Públicos não possui experiência reconhecida na organização de seleções de grande porte.
- Nome do concurso fora dos padrões oficiais
- O título “Censo Cidades Estudantil Brasil” não segue a nomenclatura utilizada em censos oficiais anteriores.
- Cobertura restrita
- As vagas estão distribuídas em apenas dez estados, o que é incomum para um levantamento de alcance nacional.
- Falta de respaldo legal
- O edital menciona apenas que se trata de um “concurso público regido por Instruções Especiais”, sem citar leis ou órgãos responsáveis pela seleção e contratação dos aprovados.
- Uso inadequado do termo “concurso público”
- Para contratações temporárias, o correto seria “processo seletivo simplificado”, como ocorreu no último certame do IBGE, organizado pela FGV em 2021.
Portanto, é fundamental que os candidatos tenham cautela e sempre consultem os sites oficiais do governo antes de efetuar qualquer pagamento ou inscrição.
Pronunciamentos sobre o concurso Censo Estudantil
A banca organizadora OMNI Concursos que, de fato, existe e possui CNPJ cadastrado para a realização e organização de concursos públicos.
Em seu portfólio, existe apenas concursos municipais, por exemplo para Santa Cruz do Escalvado, em Minas Gerais, e Osvaldo Cruz, em São Paulo.
A banca organizadora foi questionada e deu o seguinte pronunciamento:
“O concurso Censo Cidades é verídico, estamos apenas aguardando órgãos superiores, desvincularem a imagem de IBGE, MEC, pois através de uma matéria publicada em um veículo jornalístico, criou toda esta insatisfação por parte dos concurseiros. Após a publicação da resolução estaremos abrindo nosso site para apresentar nossa campanha“, disse a banca.
Já o Inep e Mec, os responsáveis pela realização do Censo Escolar, explicou que não existe qualquer ligação entre o Censo Escolar e o Censo Cidades Estudantil. Segundo o Inep, o Censo Escolar é realizado de forma centralizada dentro do próprio Instituto, sem a necessidade de empresas terceirizadas.
As Secretarias de Educação de todo o Brasil enviam os dados para o Inep, que os consolida e organiza no Censo Escolar. O Inep também afirmou que não tem conhecimento sobre o Censo Cidades Estudantil.
Por sua vez, o Ministério da Educação (MEC) informou apenas que “os dados oficiais do MEC são os Censos do Inep”.
